Autores: Lahis Welter, João Canavilhas.

A forte polarização entre dois grupos políticos nas eleições brasileiras de 2022 forçou um segundo turno e culminou no resultado eleitoral mais equilibrado da história. Essa situação proporcionou um ambiente de desinformação ainda mais complexo do que nas eleições presidenciais anteriores, tendo a inteligência artificial (IA) como protagonista na produção e disseminação de informações falsas, as chamadas fake news . No entanto, a IA foi igualmente utilizada para detetar, verificar e verificar conteúdos de desinformação, numa tentativa de equilibrar as forças. Este trabalho pretende analisar este segundo caso, ou seja, a ação realizada pelos bots do bemcontra o mal. Para isso, foram utilizadas metodologias quantitativas e qualitativas, analisando a atuação de dois portais brasileiros – Aos factos e Lupa – no combate às falsas informações relacionadas ao segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Os resultados mostram que a maior aposta dos aplicativos foi o conteúdo fabricado, ou seja, produzido de forma falsa, utilizando o nome e o design da mídia para dar credibilidade às peças. Concluiu-se também que os bots e as equipas jornalísticas dos dois portais foram eficientes no sentido de captar, verificar, conferir e reportar com veracidade os conteúdos previamente manipulados.
Recuperado de: https://revistas.innovacionumh.es/index.php/mhcj/article/view/1984
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